quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Carteiras e Sacos para Bibliotecárias

No ano passado apresentei várias listas de possíveis prendas a oferecer a bibliotecários.

E este ano não poderia deixar de dar mais umas sugestões para esta época natalícia.

Hoje vou dedicar-me a carteiras e sacos especialmente desenhados para nós!

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Onde comprar: Lulu Guiness

 
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domingo, 25 de outubro de 2015

Bibliotecários no Cinema

   O cinema é um poderoso agente de difusão de uma imagem, e, influencia o pensamento público; a imagem cinematográfica, mesmo não correspondendo à realidade, acaba por ser tomada como verdade.

   Através dos mais variados filmes podemos ter indicações mais claras de como o bibliotecário tem sido visto pelo público ao longo dos tempos. 

   Quem não se recorda do fantasma da bibliotecária em Os Caça-Fantasmas (1984), ou da encantadora Evelyn em A Múmia (1999)? Personagens bem diferentes, mas que se tornam o espelho das imagens da profissão mais destacadas no cinema. 
   De um lado, a velhinha de óculos e coque pedindo silêncio, e, do outro, a doce e encantadora bibliotecária que se envolve numa aventura de acção e romance. 




Fonte: http://5916socialmedia.cci.fsu.edu/~mda10c/?p=56



   Vejamos, outro exemplo: quão significativo o curto diálogo, retirado do filme “O Clube do Imperador” (2002), entre a personagem de um estudante que tenta requisitar um livro na biblioteca, algo que peremptoriamente vê recusado pela personagem que interpreta o papel de bibliotecária; então o estudante, numa tentativa fugaz de sedução à autorização do empréstimo, reage da seguinte forma: 

“Student - Miss Peters, that is a great hairstyle. Is that new? 
Librarian - I've had it since 1958."

Fonte: The Emperor’s Club, 2002

   De uma forma irónica, a imagem estereotipada da bibliotecária revela-se neste breve episódio, onde o ar severo e intransponível da mesma é alvo de percepcionamento sarcástico pela inflexibilidade da mesma, associada também ao seu aspecto físico.

   Ainda mais recente é o filme "A idade de Adaline" (2015), uma mulher misteriosa, reservada, culta, onde poderia ela trabalhar? Pois é, na Biblioteca... Quem viu este filme?

Fonte: The Age of Adaline, 2015


   Parece que a imagem cinematográfica do bibliotecário começa a alterar-se, fruto, também, das visões dos autores de livros. Começa-se já a abandonar a imagem de bibliotecário tradicional, zelador dos livros e dos bons costumes, para um bibliotecário moderno influenciado pelo uso das novas tecnologias. A figura de velhinha a pedir silêncio também se distancia da imagem que transparece nos filmes. Contudo prevalece a imagem do género feminino já com alguma idade, ou com idade indefinida.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Bibliotecárias Pin-Ups


"Vintage pin-up girl librarian 1940s’50s" by Naughty Librarian, 2010

One for the Books” by Art Frahm, 1946

"Gil Elvgren Vintage Pin Up Art Gallery 20", 1962

"Story Teller" by D'Ancona, 1946

"Librarian" by D'Ancona, 1940s

by D'Ancona, 1940s

"Sexy Librarian", by Hanes

Pin Up, por Alfred Buell

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Não sabia que era preciso ter um curso para trabalhar na Biblioteca!


   E mais uma vez: "Não sabia que era preciso ter um curso para trabalhar na Biblioteca!"...

   Não é a primeira vez e com certeza não será a última vez que assistirei a este tipo de comentários. A falta de informação da sociedade deixa-me por vezes um pouco aborrecida. Mas, para dizer a verdade, não me canso de tentar explicar. =)

   Esta ideia de falta de formação do profissional pode estar ligada ao facto de não nos serem atribuídas tarefas e funções que exijam grande capacidade intelectual e de trabalho, normalmente o profissional de biblioteca é visto como alguém que "não faz nada e se limita a arrumar livros nas estantes", ou que "fica sentado numa secretária à espera que apareçam os leitores e que a sua única tarefa é proceder ao empréstimo de livros". Estas funções, pela sua simplicidade de execução, podem ser realizadas realmente por qualquer pessoa.

   Claro que não é preciso ter um curso para trabalhar na biblioteca... dependendo das funções que desempenha. Agora um bibliotecário deve ter sim formação na área.

   Sabia que em Portugal, cerca de 88% dos bibliotecários a desempenhar funções em bibliotecas públicas têm formação superior à licenciatura?

Formação dos bibliotecários a desempenhar funções em bibliotecas públicas em Portugal


   Pois é... Aquela ideia de que qualquer um pode desempenhar funções de bibliotecário começa a cair por terra...
  
   Portugal apresenta uma classe de bibliotecários jovem e altamente qualificada. Mas como o trabalho nem sempre é visível, poucas vezes é reconhecido.

   Mas o que seria do mundo sem os bibliotecários?

   




Fonte: http://www.bad.pt/publicacoes/index.php/cadernos/article/view/1209/pdf_2

Pode consultar aqui a formação na área disponível em Portugal: http://www.apbad.pt/Formacao/formacao_cdisp.htm.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Arma de Instrução Massiva, por Raul Lemesoff



Um designer argentino, de seu nome Raul Lemesoff, está a dar que falar no seio da biblioteconomia internacional, isto porque encontrou a forma mais inovadora de combater a taxa de iliteracia de seu país: 
Criou uma "Arma de Instrução Massiva".

Curiosos?! Pois bem...

Para comemorar o Dia do Livro no seu país, que calhou a 5 de Março, a marca de refrigerantes 7Up convidou o artista para interpretar a data. Resultado? 
A sua obra, intitulada "Arma de Instrução Massiva", é nada mais nada menos que um tanque coberto de livros que fez percorrer pelas ruas de Buenos Aires e outras cidades da Argentina, com a finalidade de criar e perpetuar hábitos de leitura na população.



Para criar o Tanque usou um Ford Falcon de 1979, adaptado para carregar cerca de 900 livros.





Raul Lemesoff é um activista preocupado com a educação, e no seu site pode até ficar a conhecer-se mais trabalhos do género feitos pelo artista. Ajude a causa! Consulte e Divulgue!



Vídeo promovido pela 7Up





"Guerra Livros Armas

Se no princípio de uma guerra 
Ao invés de distribuir 
Armas ambos os povos 
-Distribuíeis-vos livros 
O mundo será um pouco 
Mais civilizado!?!

Nelson Martins


Fonte: http://interestingengineering.com/weapon-of-mass-instruction-is-a-drivable-library/

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Miss Margery Withers, a bibliotecária do rei



Amante indiscutível de livros, D. Manuel II, o último rei de Portugal, dedicou os seu anos de exílio em Londres aos estudos e à escrita de obras que ainda hoje são uma importante fonte para a história contemporânea de Portugal.

Numa primeira fase dedicou-se à sua biografia onde contrata os serviços do bibliófilo Maurice Ettinghausen em 1919 para o auxiliar na procura dos livros antigos que necessitava. 

Com o crescimento da sua biblioteca pessoal, o rei acaba por abandonar a ideia da biografia e dedica-se à descrição de todos os livros antigos de sua biblioteca.

É aqui que é aconselhado por amigos a contratar Miss Margery Withers, uma jovem bibliotecária britânica, para organizar e catalogar o seu espólio. Os livros amontoavam-se em todos os móveis e mesas da sala, e Miss Margery não teve mãos a medir. Todos os dias de manhã, bem cedo, iniciava o seu trabalho intenso com o rei D. Manuel II, e assim se mantinha até à sua hora de saída, pelas 16:00.

A sua proximidade à família real acaba por revelar uma amizade profunda, que faz com que Margery aprenda a língua portuguesa, e acompanhe a família real nos almoços e nos eventos sociais.

É também Miss Margery que após a morte prematura do rei, publica o terceiro volume da sua obra, e nos conta como foram os últimos anos do monarca português, no documentário da RTP1 de 1997 "O Lugar da História: D.Manuel II, o último rei de Portugal".






quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Posters "Save the Libraries" de Phil Bradley



   Phil Bradley, um activista britânico pro-bibliotecas, criou uma série de posters ao estilo retro, para a campanha #Savelibraries.



   Tudo começou com o seu gosto pessoal por posters antigos que o levou a questionar-se sobre a sua adaptação à Campanha "Save the Libraries". A ideia "Your library needs you" foi o grande impulso desta iniciativa mas ao longo das suas pesquisas desenvolve um interesse especial em torno dos posters da I e da II Grande Guerra Mundial.

   Na I Grande Guerra destaca-se a ideia de responsabilidade individual e da vergonha social como "Daddy, what did you do in the Great War?". 



   Na II Grande Guerra o ênfase à união, à ideia de força no trabalho conjunto.



   No entanto existe uma ideia comum em todos os posters: apelar para a acção. E é isso que procura salientar nas suas edições.










Pode consultar aqui toda a colecção disponibilizada pelo autor.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Casanova, o bibliotecário sedutor



Em plena cidade do romantismo nasce, a 2 de Abril de 1725, Giacomo Casanova, filho dos actores Zanetta Farussi e Gaetano Giuseppe Casanova.

Com a morte do pai, aos 8 anos de idade, e a mãe a viajar constantemente pela Europa com a companhia de teatro, a sua educação foi entregue aos cuidados da avó. Já adolescente, parte para Pádua onde residiu na casa de um sacerdote enquanto estudava direito na universidade, e onde aprendeu filosofia, matemática, música e medicina.

É nesta altura que Casanova desperta para os seus dois grandes vícios: o jogo e as mulheres. Tendo sido Bettina Gozzi (filha do sacerdote) o seu primeiro namorico.

Após os estudos, volta a Veneza, onde inicia uma carreira eclesiástica. No entanto, ao conhecer Alivise Gasparo Malipiero (senador e proprietário do Palazzo Malipiero), que o introduz nos melhores círculos sociais de Veneza, Casanova, rodeado de boa comida, bom vinho e boa companhia, acaba por descobrir a sua verdadeira vocação.

Os escândalos à volta das mulheres que conquistava e das dívidas de jogo que contraía culminam com a sua expulsão de Veneza, que o faria viver em Paris por 2 anos. No entanto retorna a Veneza onde é preso novamente devido ao seu estilo de vida. Arquitectando uma fuga, viria a conseguir em 1756 escapar por um buraco escavado no tecto da cela e já de madrugada parte de novo para Paris.

Viveu durante 20 anos entre França, Suiça, Itália, Inglaterra e Bélgica, tendo deixado amantes e dívidas de jogo em cada cidade.

Em 1785 Casanova chegou à Boémia, na actual República Checa, e aí permaneceu até à sua morte em 1798. Trabalhou como bibliotecário do conde de Waldstein-Wartenberg, época em que se dedicou à escrita de um romanceIsocameron, e, especialmente, à redacção das suas memóriasHistória da minha vida, volumosas e escritas em francês, que constituem um fascinante testemunho da época.

Embora tenha revelado que estes anos lhe foram aborrecidos e até frustrantes, sem eles não teria produzido os 28 volumes desta biografia, que converteria Casanova no mais famoso sedutor de todos os tempos.


sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Doces Leituras

Hoje vou adoçar a boca dos mais gulosos =)
Que tal uns doces exclusivos para amantes de livros?

Que tal uns queques para o fim-de-semana? A Paty deixa-vos esta receita: http://devaneiospeloar.blogspot.pt/2014/01/tag-bolo-de-livros.html

O blogue L&PM mostra como bolos e literatura combinam na perfeição: http://www.lpm-blog.com.br/?p=24840

Na sua perícia e criatividade na decoração de bolos, a Mónica dá um exemplo para um bolo Papa Livros da sua autoria: http://osbolosdamonica.blogspot.pt/2010/04/bolos-para-meninos.html

Já o cantinho da Rosamar deixa-nos imagens de autênticas obras de arte da decoração de bolos: http://cantinhodarosamar.blogspot.pt/search/label/livros

O blogue Encruzilhadas Literárias mostra um exemplo genial para um bolo de casamento inspirado em livros: http://encruzilhadasliterarias.blogspot.pt/2012/03/livros-que-inspiram-casamentos-parte-3.html

E, por último o meu bolo de aniversário feito pela empresa Docinhos da Ana. Está amoroso não está? E estava também bem delicioso. http://docinhos-da-ana.blogspot.pt/2011/09/bibliotecaria.html

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Fernando Pessoa, o aspirante a bibliotecário



Este episódio passaria quase despercebido no panorama nacional, se não fosse o protagonismo que o principal envolvido viria a alcançar na composição das figuras mais mediáticas da cultura do nosso país. 

Em 1932, o jornal O Século publica um anúncio para preenchimento de uma vaga como conservador-bibliotecário no Museu Condes de Castro Guimarães, em Cascais. Até aqui, nada de novo… Mas eis que uma das personagens (agora considerada) definitivamente marcantes de Portugal do século XX decide candidatar-se ao cargo. Nada mais nada menos que Fernando Pessoa. Sim… o mesmo Fernando Pessoa que hoje nos delicia com obras poético-literárias, afinal, queria ser bibliotecário. 

Na sua carta de candidatura datada de 16 de Setembro de 1932, Pessoa refere-se desta forma ao anúncio publicado pelo jornal:

No texto do artigo 6, propriamento dito, do Regulamento, diz-se que é necessário que o conservador-bibliotecário seja pessoa de «reconhecida competência e idoneidade». Salvo o que de competência e idoneidade está implícito nas habilitações indicadas como motivo de preferência nos parágrafos do artigo, e portanto se prova documentalmente pelos documentos referentes às indicações de cada parágrafo, a competência e a idoneidade não são susceptíveis de prova documental. Incluem, até, elementos como aspecto físico e a educação, que são indocumentáveis por natureza. (Bonnet, 2010)

     

     Claro está que, até pela forma discursivo-argumentativa de resposta ao anúncio, Fernando Pessoa nem sequer viria a ter hipótese de conseguir o lugar a que se candidatava. Deixou-nos, porém, um brilhante testemunho que nos leva a reflectir sobre o paradigma do perfil e requisitos considerado necessários para o exercício da profissão. Um concurso para um lugar como conservador-bibliotecário, no já distanciado ano de 1932, referindo-se à competência, idoneidade, aspecto físico e educação como elementos de importância relevante para execução do cargo.




Fonte:

Bonnet, J. (2010). Bibliotecas cheias de fantasmas. Lisboa: Quetzal.